Filmes de um passado esquecido n.º 1: Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança


Iniciando esta nova série de conteúdos, vamos tratar de filmes "esquecidos" ou ignorados pelo grande público, mas que merecem uma boa atenção por sua forma e conteúdo.

Sendo assim, vamos iniciar por um dos dois filmes lançados na linha Marvel Knights no cinema, o segundo filme do cabeça de fósforos, Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança, .no original Ghost Rider: Spirit of Vegeance, filme lançado em 2012 com classificação indicativa para maiores de 12 anos de idade.

Neste longa  que pode ser considerado um remake e continuação do primeiro, continuamos acompanhando a vida de John Blaze, um antigo motociclista de circo, que para tentar salvar seu pai da morte eminente faz um pacto com um demônio, no entanto, tudo dá errado e ele perde o pai, assim a sua alma foi tomada e seu corpo foi possuído por um demônio antigo conhecido por Zarathos, o espírito da vingança e ao se transformar, sai na caçada dos perversos e malignos e toma as suas almas enquanto pilota sua preciosa moto flamejante.

Frente este pequeno resumo , toda a história aqui apresentada gira em torno de uma mulher e seu filho, Danny, a cria do demônio na terra que está sendo caçado por seu pai para ser o novo receptáculo de seu poder e trazer o caos ao mundo de forma mais violenta. Mas apesar de um grupo de monges católicos armados até os dentes tentar protege-lo e falharem cabe ao padre pecador Moreau pedir ajuda ao único capaz de impedir a vitória das trevas, sim ele mesmo, o deturpado, demoníaco e louco Motoqueiro que permanece oculto no interior de John Blaze o prometendo uma forma de o libertar de seu fardo.

Aqui podemos observar que John é uma pessoa perturbada, e sempre à beira da loucura total devido ao Motoqueiro, ele passou nove anos fugindo de si mesmo e tentando segurar o monstro sádico que está em seu corpo no lugar de sua alma.

A atuação surtada de Nicolas Cage é maravilhosa no papel principal! Toda a instabilidade e o incomodo trazido nos momentos de suas transformações são incríveis, principalmente por demonstrar como é doloroso deixar de ser humano e viver a vingança em seu sentido mais puro.






As aparições do Motoqueiro no decorrer são carregadas de peso e um enorme estranhamento no decorrer da trama, ao vir a tona a tensão triplica, a escuridão toma conta e apenas as chamas de sua caveira carbonizada e sua imprevisibilidade são suficientes para provocar o estranhamento e o medo de todos em os outros em cena, sem falar em nós mesmo como público que por não estarmos acostumados como abordagens assim nos sentimos incomodados e surpresos em momentos assim, afinal, em tempos de filmes fofos e sorridentes baseados em quadrinhos é difícil não se incomodar com um olhar da penitência devorador de almas corruptas de um monstro!

Mas afinal, este incômodo gerado por uma demonstração estilística de um personagem digno de clipes musicais da banda Iron Maiden é algo ruim? Não necessariamente, pois normalmente o novo gera de início estranheza e surpresa.





É importante destacar que mesmo sendo pesado, forte, incômodo e surpreendente, este filme tem seus momentos de alívio por meio de momentos sarcásticos, sádicos e muito humor negro. A exemplo temos o momento em que John está ao lado de Danny e este pergunta "Como você faz se sentir vontade de ir no banheiro?", no intuito de distrair o garoto de tanto estresse e loucura ele diz "É como se fosse um grande lança-chamas!".

Vale mencionar também os vários questionamentos do garoto acerca das transformações nos mais variados e inusitados tipos de veículos que o Motoqueiro pode vir a usar, o tipo de questionamento que qualquer fã de quadrinhos faz ao ler boas estórias, bem como as colocações de John sobre a personificação do demônio no decorrer da história humana fazendo referência a pessoas cruéis como Josef Stalin.

A respeito da ação, este é brutal em seus momentos, vidas não são poupadas, pessoas são feitas em cinzas com um simples toque dele, mas o diferencial aqui está inserido justamente na forma imprevisível e extremamente louca como ele entra em combate, deixando claro que o espírito corrompido pela loucura dos pecados humanos que possui o corpo de John o torna a criatura mais poderosa da terra!

Esse poder merece destaque, pois apesar de ser empregado em boa parte do tempo contra bandidos europeus e soldados privados, nunca antes se viu a utilização de seus poderes tão próximas quanto ao dos quadrinhos, indo da clássica corrente ao cuspir balas derretidas apanhadas pela boca no inimigo.



Mesmo tendo um orçamento de US$ 57 milhões, valor considerado baixo para filmes do gênero, seus efeitos especiais são impecáveis no principal, tendo destaque os empregados no protagonista, que com o emprego da tecnologia de captura de movimento trouxe toda a expressividade da atuação surtada e frenética de Nicolas Cage.




Assim, apesar de ter um final de certa forma clichê e deixar o expectador com gostinho de quero mais e o fazer desejar uma continuação que não existirá, o segundo filme do Motoqueiro é o mais diferente e incômodo das adaptações de quadrinhos, podendo ser definido como o filme mais Hard Rock do gênero, fazendo dele uma experiência recomendada para todos os fãs de filmes de heróis, ou no caso, anti-heróis.


Mais imagens:

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Autor: Raphael Fernandes Brito

Um stormtrooper decepcionado que viajou entre universos e galáxias ao lado de Uatu, o vigia e contemplou da explosão de Krypton até o estalo de Thanos, da derrota de Sauron até a Fundação de Asimov, desejando sempre uma vida longa e próspera.

Tate no Yūsha no Nariagari - Se Compara aos Grandes Clássicos?

Muitos de nós lembramos de clássicos como Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, Dragon Ball e Inazuma Eleven. Apesar de terem continuações e em alguns casos novas versões, muitos concordam que "Não é a mesma coisa"ou que não seja da mesma qualidade. Recentemente ao buscar algo a assisitr, começei a ver Tate no Yūsha no Nariagari , um anime baseado na Web Novel lançada em 2012. O Anime contará com 25 episódios os quais 12 já estão disponíveis aqui. Os episódios são lançados semanalmente e seguem (em grande parte) o roteiro original. 


O enredo baseia-se na premissa de quem um estudante é transportado através de um livro, para outro universo no qual o personagem, juntamente com mais 3 rapazes, são considerados heróis lendários cada um com uma arma ; ou no caso do personagem principal, Naofumi, um escudo. Os personagens precisam melhorar seus equipamentos e armamentos ganhando XP no estilo de um jogo RPG.  O objetivo dos heróis é proteger o reino de ondas de monstros que estão atacando. Infelizmente, sem uma razão aparente, uma sequencia de coisas ruins acontece com Naofumi que acaba tornando-se um um personagem frio que não confia em ninguém. 


O anime tem um começo meio pedregoso, mas logo ganha velocidade e o enredo se desenvolve junto com os personagens. O anime tem uma bela mistura de ação, suspense, Aventura e magia e tem um potencial de se tornar mais um ícone na comunidade otaku e otome. teremos que aguardar até que a história se complete para que possamos julgar e comparar com os clássicos. até lá, recomendamos que assitam o anime (clique aqui para ver o anime).

O que acham? Tate no Yūsha no Nariagari  pode ser comparado aos grandes clássicos?

Vingadores: Ultimato - Trailer 3 (Legendado)


ATARI VCS: Um Console Retrô / Moderno

O ano de 2019 tem tido altos e baixos nos âmbitos politicos e sociais, mas para a tecnologia, tem sido um ano de avanços e conquistas exemplificados através de componentes mais poderosos, eficientes e (relativamente) baratos.
  Talvez uma das maiores novidades do ano seja o lançamento do Atari VCS, um console baseado no Atari 2600 de 1977, cujos jogos mais memoráveis são Pac-Man e Atari Pong. O novo console lança no fim deste ano com preço de $239 (em dólares americanos) e contará com Sistema operacional Linux customizado, baseado na famosa distribuição "Ubuntu". A empresa que está dirigindo o projeto já confirmou que na data de lançamento, estarão disponíveis mais de 100 jogos clássicos a serem acessado online. Por rodar um sistema operacional Linux, será possível o usuário criar seus próprios jogos e até mesmo jogar jogos programados por terceiros. Além dos jogos, o console também terá a capacidade de navegar a internet, ver vídeos e acessar serviços de streaming como a Netflix. Em relação ao hardware, a seguir está a lista de componentes:

  • Processador: AMD Ryzen (Customizado)
  • Processador Gráfico: Radeon Vega (Customizado)
  • Memória : 4GB DDR4
  • Armazenamento Interno: 32GB eMMC
  • Conexões: HDMI | WiFi banda dupla | Blutooth 5.0 | Gigabit Ethernet
 Por apresentar componentes formidáveis e um Sistema operacional extremamente versátil, o Atari VCS será capaz não apenas de rodar jogos clássicos, mas espera-se que também, jogos mais pesados como Need For Speed, Apex Legends e Assassin's Creed.

 Para os que amam jogos clássicos mas que não querem trocar de aparelho apenas para acessar a Netflix ou o facebook, o Atari VCS será uma ótimo opção!

Clássicos dos quadrinhos n.º 1: A morte do Capitão Marvel de Jim Starlim





Poucas produções nos quadrinhos de super herois são capazes de reverberar de forma tão forte e poderoso com o passar do tempo. Aquelas que são capazes de realizar tais feios tendem a ser revisitadas e estragadas por roteiristas e editores ou mesmo se tornarem tão imortais que são levadas ao patamar dos universos distintos e separados do restante da cronologia.

Frente esta colocação, o que posso dizer acerca de A morte do Capitão Marvel? 

Este quadrinho desenvolvido por Jim Starlim, Steve Englehart, Doug Moench e Pat Broderick não se encaixa em nenhuma das possibilidades já colocadas, ela está além disso, um patamar que depois de décadas a editora que antes era conhecida como Casa das ideias jamais alcançou novamente.

Mas o que me faz acreditar nisto? A resposta está no conteúdo desta graphic novel, Mar-Vell, o alienígena da raça Kree, que abandonou o seu povo devido aos seus planos de dominação bélica por sentir empatia pela humanidade, tornou-se o Capitão Marvel, um dos maiores heróis de seu tempo.

Aqui estamos diante de sua última aventura, sua última batalha contra o inimigo mais devastador de todos. Quando digo isto não me refiro ao Titã louco Thanos, Magneto ou mesmo Dr. Doom, me refiro aquela que não distingue os ricos e os pobres, os super-heróis e os civis normais, ela é a MORTE!

Aqui, Mar-Vell está diante de sua morte, um alienígena com super poderes se vê prostrado perante um câncer, e assim seguimos acompanhando seus últimos dias de vida.

A beleza está neste ponto, observar como o protagonista reage e aceita seu estado atual, seus momentos de força, tristeza, raiva, amor e angustia. Mas aqui não vemos apenas a reação dele, temos a forma como grande parte de seus amigos e aliados reagem, passeamos pelas impressões de Ben Grimm (o Coisa) ao jovem Rick Jones.

Observamos como as maiores mentes do universo falham na busca por uma cura para este precioso aliado e como a história de todos no fim é cheia de beleza apesar dos problemas e desafios passados.

Assim, a Morte do Capitão Marvel é uma daquelas joias raras que permanecem atuais e valiosas com o passar do tempo, o mais curioso é que mesmo em tempos em que nos quadrinhos ninguém morre de verdade, o Mar-Vell permanece em sua lápide, sendo sempre lembrado pela sua luta final ao lado de um guia incomum e inesperado.



Se esta batalha final resultou em uma derrota ou vitória deixo ao critério dos leitores.

Anexos:

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Autor: Raphael Fernandes Brito
Um stormtrooper decepcionado que viajou entre universos e galáxias ao lado de Uatu, o vigia e contemplou da explosão de Krypton até o estalo de Thanos, da derrota de Sauron até a Fundação de Asimov, desejando sempre uma vida longa e próspera.